O que Armani, Bulgari, Prada, Dior, Gucci, Louis Vuitton e Ralph Lauren têm em comum? Além de serem marcas de luxo, estão diversificando seus portfólios como estratégia de mercado, o que inclui experiências gastronômicas e hospedagens em hotéis de alto padrão. Mas por quê?
Ao contrário do que parece, a tendência não é nova. A Armani, por exemplo, foi pioneira ao integrar moda e gastronomia, ao inaugurar seu primeiro restaurante, em 1998, em Paris, França. O que mudou de lá para cá foi a ascensão das redes sociais e a hegemonia dos influenciadores digitais.
Embora apelem para o lifestyle, um olhar mais atento demonstra que, na verdade, essas marcas entenderam que precisam acompanhar as tendências de mercado, como investir em experiências instagramáveis para as gerações Y (Millennials) e Z, e dar um gostinho àqueles que sonham em consumir seus produtos.
Afinal, quem não pode desembolsar mais de 20 mil reais em uma bolsa de grife, talvez possa pagar 300 reais durante uma tarde em uma cafeteria premium, posar para vídeos e fotos e compartilhar tudo no seu perfil no Instagram.
Portanto, esses produtos, como bolinhos e cafés, funcionam como porta de entrada para novos consumidores. São voltados para quem deseja ter a experiência de uma marca de luxo, mas sem, necessariamente, investir em um item de luxo.
Exclusividade acessível
O consumo de luxo está cada vez mais vinculado às experiências do que ao produto em si. Ao investirem em estética, ambientes sensoriais e sensação de exclusividade, as marcas de luxo se tornam altamente compartilháveis, gerando marketing espontâneo e ampliando sua visibilidade.
Dessa forma, mesmo os produtos mais simples podem estimular conexões emocionais profundas, fortalecendo nos clientes e admiradores sua lealdade em relação a essas marcas.
Além disso, ao adentrar em novos mercados, despertam a curiosidade, geram discussão e captam a atenção dos consumidores e da mídia, atrelando sua imagem à inovação e relevância.
É dessa forma, explorando novas possibilidades, usando as redes sociais ao seu favor e engajando com os públicos de outras classes, que as marcas de luxo têm conquistado mais e mais o coração e o desejo das pessoas. Mas e você, pagaria 300 reais por um bolinho?
